sábado, 13 de junho de 2009

Breve Texto Carl Andre

Olá a todos,

Nosso amigo e parceiro gustavoprafrente nos enviou, para ser publicado aqui no blog, esse pequeno texto e imagem abaixo. Vale a pena dar uma olhada e pensar a respeito.
Não apenas aos artistas, mas à todos, vale pensar como nos relacionamos com o mundo.

O convite fica aberto para que mais pessoas mandem textos, imagens, e venham construir conosco na JAMBRO. Essa semana publicaremos alguns eventos que acontecerão no mês de junho.



A importância da observação do caso de Carl Andre para o estudante de artes visuais na contemporaneidade.

No texto intitulado “Minimalismo”, presente na coletânea “Conceitos de Arte Moderna,” a autora Suzi Gablik, descreve duas situações que relacionam o fazer artístico de Carl Andre com as vivências cotidianas de tal artista. Segue abaixo a citação de tais trechos:
“...enquanto ele estava fazendo canoagem num lago do New Hampshire, acudiu-lhe a idéia de que suas esculturas deveriam ser tão horizontais quanto a água. O fato de que, no começo da década de 60, Andre tinha sido empregado como guarda-freios e chefe de trem na Estrada de Ferro da Pensilvânia, foi apontado por muitos críticos como um elemento importante no desenvolvimento da visão de Andre - as extensas filas de ter exercido algum efeito. A horizontalidade apareceu, como um vento gélido, na primeira grande peça de Andre, intitulada Barra.”

A observação desse caso, onde a autora explicita a direta relação entre o desenvolvimento da obra de Carl Andre com experiências diversas vividas pelo artista, para o estudante é de extrema importância, no sentido que ela demonstra o exemplo de como o artista busca se aprofundar em suas posturas e impressões cotidianas para desenvolver seu trabalho.

O texto de Suzi Gablik indica que Carl Andre investiga sua relação com as coisas que o circundam: rio, remo, estrada etc. Ele dialoga com o mundo antes de dialogar com as artes visuais, a sua proposição no mundo das artes é um desdobramento de um interesse que se dá pelas coisas do mundo.

Escolhemos desenvolver esse breve texto, o qual tem um viés voltado para conhecer o processo de produção do artista ao invés de desenvolver cronologias ou textos críticos a respeito de tal, pois consideramos de grande importância para o iniciante nas artes visuais, tomar conhecimento dos processos ligados à produção para estimular o desenvolvimento de um trabalho voltado para uma investigação interior de sua postura e quereres no mundo.

Segue abaixo um breve trecho de um texto de Andre:
“Até um certo momento, eu estava cortando para fazer coisas. Depois, dei-me conta de que a coisa que eu estava cortando era o próprio corte. Em vez de cortar o material, utilizo agora o material como o corte no espaço.”


Bebaprafrente
Curitiba-São Paulo, Inverno de 2009

Um comentário:

  1. gostei do post camarada!!
    tive uma de processo criativo esse semestre...
    me lembrou mto desse texto...
    tentar entender o nosso processo criativo e ter consciencia de que as nossas ideias nao sao aleatorias e que inspiracao nao eh nada sem vivencia..
    VAI JAMBROHOUSE!!!

    ResponderExcluir